Haddad sugere que Lula tocará tributária e taxação de herança e patrimônio

Confira os destaques

Em encontro junto a Federação dos Bancos Brasileiros (Febraban), o possível ministro da Fazenda do governo Lula adiantou parte do que deve ser o foco do governo.

Fernando Haddad mencionou que o novo governo Lula deve dar foco a reforma tributária com a criação de um Imposto sobre Valor Agregado, o IVA. O novo imposto substitui 5 tributos federais, estaduais e municipais em um único imposto.

A proposta do IVA é bem recebida pelo mercado e entidades da sociedade civil e empresarial, mas ainda possui resistência de setores específicos que temem ter aumentos de alíquotas, como o setor de serviços, responsável por 70% do PIB do país.

Ainda segundo Haddad, que representou Lula (que se recupera de uma cirurgia), a sequência da reforma tributária deve incluir ainda uma tributação sobre patrimônio e renda.

A alegação é de que o Brasil possui um peso exacerbado em tributos sobre o consumo, e baixa tributação sobre patrimônio. Por aqui, os impostos sobre herança possuem teto de 8%, bastante abaixo da média global, que pode chegar a 56% em locais como a Califórnia.

A despeito da alíquota menor, o Brasil possui arrecadação similar a dos Estados Unidos na área, tendo em vista que os impostos sobre herança por aqui começam em R$200 mil, contra US$4 milhões de mínimo nos EUA (Em ambos os países arrecada-se em média 0,17% do PIB)

A alíquota máxima do Imposto de Renda também poderá subir para além dos 27,5%. Além dessas questões, o novo governo discute ainda uma taxação sobre dividendos. Historicamente o Brasil possui impostos elevados sobre o lucro, mas cobrado apenas das empresas e não dos acionistas.

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