Como o Qatar gastou US$220 bilhões para sediar a Copa do Mundo

Confira os destaques

A Copa do Mundo mais cara na história começou no último domingo, com o mundo conhecendo um pouco mais do país de maior PIB per capita do planeta, o Qatar.

A pequena nação de 11 mil Km2, que enriqueceu graças ao gás natural, planejou aquele que provavelmente continuará a ser o evento esportivo mais caro do planeta. Foram US$220 bilhões, mais de 120% do PIB do país.

Assim como outros países, a maior parte dos custos do Qatar se deu em infraestrutura. Tudo foi planejado ainda em 2008, na chamada "QNV", ou Visão 2030 do Qatar.

O objetivo é transformar o país e atingir um desenvolvimento sustentável, utilizando os recursos do petróleo que fazem o Qatar possui ao menos US$300 bilhões em caixa, através da QIA, a autoridade de investimentos do Qatar.

Apenas 3% dos recursos foram gastos em estádios, cerca de US$6,5 bilhões. O valor é menor que o estimado inicialmente, de US$10 bilhões, e garantiu a construção de 8 estádios, sendo 7 inteiramente novos.

O maior gasto do país foi com seu sistema de metrô, com 37 estações e capacidade para transportar 1,7 milhão de pessoas, praticamente toda a população do país. O metrô, com 76Km, custou US$40 bilhões.

Outro grande investimento foi a construção do novo aeroporto, onde US$16 bilhões foram gastos. O novo aeroporto pode receber até 60 milhões de passageiros por ano, ou 30 vezes a população do país.

Para garantir o suprimento de materiais, o Qatar construiu ainda um porto inteiramente novo, ao custo de US$7,5 bilhões. Uma rodovia, de 800Km, custou outros US$8 bilhões.

Boa parte dos custos não necessariamente se direcionam a Copa do Mundo, mas acabam sendo úteis, como hotéis, shoppings e outros locais de entretenimento.

Na prática, o evento é uma grande apresentação do país que espera se "modernizar", e está disposto a investir uma verdadeira fortuna nisso.

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