Bitcoin, zoológico e restaurantes; veja como vivem os presos na Venezuela

Quadras de Baseball, mineradoras de Bitcoin, restaurantes e até sorveterias. Parece um condomínio, mas na realidade é um centro de detenção no norte da Venezuela. O Centro Penitenciário de Aragua, também conhecido como prisão de Tocorón.

Em uma operação militar dessa semana, mais de 11 mil agentes das forças de segurança do país, foram mobilizados para deflagrar a gangue local “Trem de Aragua” em uma das prisões mais violentas da Venezuela. Desse modo, centenas de equipamentos de mineração de Bitcoin em uma sala da prisão. Isso evidenciou a audácia de uma notória quadrilha criminosa chamada “Trem Aragua”.

Na prisão, a organização criminosa construiu e controlou com total impunidade um campo de beisebol, um zoológico, uma piscina, uma discoteca de luxo e uma espécie de cidadela.

Gangue venezuelana atua em toda América Latina

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Especialistas indicam que a prisão de Tocorón tem sido uma base de operações para o Trem Aragua. Portanto, a organização criminosa não somente prospera dentro da prisão, mas também expandiu suas atividades para outros países sul-americanos.

Após a intervenção, o ministro das Relações Interiores, Remigio Ceballos, anunciou que as autoridades assumiram o controle da prisão. Ele mencionou que a prisão estava dominada pelo crime e, durante as buscas, encontraram túneis, armas e outras irregularidades.

Além dos equipamentos de mineração de Bitcoin, as autoridades confiscaram itens como televisores, celulares e motocicletas. Descobriram um pool de mineração de Bitcoin, mas não confirmaram se os equipamentos estavam funcionando.

Em um comunicado oficial, o governo parabenizou os agentes da lei por recuperarem o “controlo total” da prisão no estado de Aragua, acrescentando que a operação “desmantelou um centro de conspiração e crime”. Além disso, em uma proclamação oficial, o chefe de Estado Nicolás Maduro elogiou “o grande sucesso na luta contra as organizações criminosas”.

Ao que tudo indica, alguns presos escaparam durante a operação, uma vez que um comunicado posterior do governo anunciou uma “segunda fase” da operação para “busca e captura” de “criminosos fugitivos”.

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