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A WeWork, conhecida por seus espaços de co-working e apoiada pelo SoftBank Group, entrou com um pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos.
Este movimento é uma estratégia para permitir que a empresa continue suas operações enquanto reestrutura sua dívida e adia pagamentos a credores.
A pandemia impactou severamente o modelo de negócio da WeWork, que depende de aluguéis de espaços de escritório, uma vez que muitos clientes corporativos cancelaram contratos devido à tendência de trabalho remoto.
A história da ascensão e queda da WeWork é tão dramática que inspirou uma série da Apple TV+, "WeCrashed", estrelada por Jared Leto e Anne Hathaway.
A empresa, que já foi a startup mais valiosa dos EUA, viu suas ações despencarem cerca de 98,5% este ano, lutando com aluguéis caros e uma base de clientes que encolheu devido à inflação e ao declínio econômico.
Cerca de 92% dos credores da WeWork concordaram em converter sua dívida garantida em participação acionária, eliminando cerca de 3 bilhões de dólares em dívidas.
A WeWork espera manter a liquidez financeira para continuar operando normalmente e afirma que suas operações fora dos EUA e Canadá não serão afetados pelo processo de falência.
A empresa também enfrenta a concorrência de proprietários de imóveis comerciais que começaram a oferecer aluguéis mais curtos e flexíveis para lidar com a desaceleração no setor de escritórios.
David Tolley, ex-banqueiro de investimentos e executivo de private equity, assumiu o cargo de CEO da WeWork este ano, com a missão de ajudar a empresa a sair da falência, semelhante ao que fez com a Intelsat em 2022.
A WeWork está em meio a reestruturações de dívidas, mas isso não foi suficiente para evitar a falência, apesar de ter conseguido alterar 590 aluguéis, economizando bilhões em pagamentos fixos de aluguel.
A situação da WeWork reflete os desafios enfrentados por muitas empresas que dependem de modelos de negócios baseados em locação física em um mundo cada vez mais voltado para o digital e o trabalho remoto.