Real Digital: dev que descobriu congelamento de saldo compara CBDC com memecoin
Blockchain
Recentemente, o desenvolvedor Pedro Magalhães viralizou em suas redes ao publicar um estudo sobre o Real Digital.
Conforme conta na publicação, ao aplicar engenharia reversa nos códigos compartilhados pela autarquia, enxergou funções como congelar saldos.
Em entrevista concedida ao BlockTrends, ele explica de forma mais aprofundada sua visão sobre suas descobertas.
Magalhães, é desenvolvedor blockchain, faz trabalho de análise de contratos inteligentes e desenvolve para protocolos de finanças descentralizadas (DeFi).
Atualmente é dono e proprietário da empresa Iora Labs.
Além disso, ele explica que, atualmente, está se aprofundando nos estudos do Real Digital, e vai começar um grupo de entusiastas e especialistas do mercado, para debater de igual para igual com os participantes do piloto, os grandes institucionais.
“Precisa ser feito agora, enquanto a tecnologia ainda está em desenvolvimento”, diz. “A oportunidade do ‘povão’ conversar sobre Real Digital é agora. Depois de implementado, já era. Perdemos.”
Ele conta que, quando o Banco Central disponibilizou os códigos do contrato inteligente do Real Digital, ele estranhou.
O desenvolvedor diz que seu objetivo ao explorar os códigos do Real Digital era de apenas explorar os fatos. Na sua opinião, o desenvolvimento do Real Digital acontece dentro de uma “bolha”, onde apenas os grandes institucionais davam suas opiniões e pitacos.
Magalhães diz que, ao furar essa bolha, o Banco Central mostrou os códigos para o público principalmente da Web3. O próprio desenvolvedor diz que, se não tivesse o Banco Central por trás, sua análise acerca do contrato que viu, seria a mesma de um projeto de esquema.
“Se eu tivesse olhando esse contrato inteligente, e fosse de uma memecoin, eu falaria que seria furada. Só que peraí, é o Banco Central que está fazendo.
Acho que nem eles esperavam por essa repercussão toda. Porque eles responderam como se fosse natural. Já pode, por lei, congelar contas. Mas tem um trauma maior do que falar de congelamento de conta para um brasileiro. Principalmente dessa geração, que passou pelo Collor?”, questiona.