Investimentos
Em Setembro de 2022 o JP Morgan, gastou US$175 milhões na aquisição da Frank, uma startup focada em organizar a vida financeira de universitários. O problema? A empresa virtualmente não existe.
Na última quinta-feira (12), o banco, presidido por Jamie Dimon, anunciou o fim da operação da Frank devido a um processo judicial correndo contra a fundadora da plataforma, Charlie Javice.
Segundo alegações do time jurídico do JP Morgan, Javice suspostamente teria forjado dados da operação com o objetivo de fechar um deal milionário com o banco.
Na época da aquisição, o JP Morgan chegou a declarar que a Frank era utilizada por mais de 4 milhões de estudantes em mais de 6 mil instituições de ensino.
Poucos meses após a compra os primeiros problemas começaram a aparecer. Após rodar campanhas de e-mail marketing direcionadas para 400 mil clientes da Frank cerca de 70% dos e-mails apresentaram o tão conhecido hard bounce.
Neste tipo de campanha, o hard bounce acontece quando o e-mail destinatário não existe, foi digitado errado ou bloqueou mensagens de determinado remetente.
De acordo com estimativas realizadas pelo próprio JP Morgan, a Frank possui menos de 300 mil usuários contactáveis.
Ainda de acordo com o processo, Javice — ex-CEO da Frank — teria contratado um cientista de dados por US$18 mil para criar milhões de e-mails falsos e cadastrá-los na plataforma da startup.
O caso foi descoberto através de trocas de mensagens entre Charlie Javice e um professor de ciência de dados de uma universidade em Nova York.