Investidores de cripto no Brasil são rastreados geograficamente pela Receita Federal
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A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou uma alteração no padrão dos investidores de criptomoedas no Brasil, destacando o aumento da popularidade das stablecoins.
Até meados de 2022, o mercado era liderado pelo Bitcoin, no entanto, a stablecoin Tether (USDT) conquistou a liderança, com um volume de negociações quase o dobro do Bitcoin.
A Tether, fazendo paridade com o dólar americano e majoritariamente lastreada por títulos do Tesouro americano, tornou-se uma maneira acessível de obter exposição à economia dos EUA.
Além disso, a Receita Federal destacou que essa mudança merece atenção, uma vez que pode acarretar implicações significativas no panorama tributário e regulatório das criptomoedas no Brasil.
Dados de setembro revelaram as 20 criptomoedas mais transacionadas por investidores brasileiros, com 3 stablecoins incluídas entre as 4 de maior volume.
A Receita Federal expressou preocupações em relação à crescente aceitação das stablecoins como meio de pagamento.
O orgão citou um artigo do FMI que alertou sobre o potencial das stablecoins substituírem moedas nacionais e impactarem políticas fiscais e monetárias, especialmente em economias em desenvolvimento.
A RFB também informou que possui um sistema abrangente de análise para monitorar o mercado de criptomoedas, com capacidade de rastrear a localização geográfica das transações.
Com base nesses recursos, é viável identificar transações suspeitas através da análise de uma quantidade significativa de dados e informações.
O sistema da Receita Federal utiliza técnicas de processamento de dados avançadas, inteligência artificial e análise de redes complexas.
A ferramenta acaba de receber uma nova funcionalidade desenvolvida para representar conexões entre operadores, o que tende a simplificar a análise na detecção de possíveis irregularidades tributárias.