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Na Argentina, a inflação desacelerou para 8,3% em outubro de 2023. Este número representa uma diminuição em relação aos meses anteriores, onde a inflação havia atingido 12,4% em agosto e 12,7% em setembro.
Analistas econômicos locais, no entanto, não veem essa desaceleração como uma tendência, mas sim como um reflexo de medidas temporárias do governo, como congelamentos de tarifas.
Eles alertam para a possibilidade de uma inflação reprimida, que poderia se manifestar nos meses seguintes.
O site Infobae antecipa que o novo governo, que assumirá em 10 de dezembro, enfrentará o desafio de reduzir essas distorções e estima que a inflação reprimida possa chegar a 30%.
Apesar da desaceleração recente, a inflação acumulada na Argentina ainda é considerada alta, atingindo 120% no ano e 142,7% em 12 meses, o maior índice em 32 anos.
Especialistas como Santiago Manoukian, da Ecolatina, e Claudio Caprarulo, da Analytica, atribuem a desaceleração parcialmente ao congelamento de preços em serviços públicos e a uma estratégia governamental pré-eleição.
A GMA Capital vê a queda de outubro mais como um evento isolado do que uma tendência sustentável.
Os setores com maiores aumentos de preços foram Comunicação, Vestuário e Calçados, e Equipamentos e Manutenção Doméstica. Alimentação e bebidas não alcoólicas também tiveram alta, mas desaceleraram em relação ao mês anterior.
A nova rodada de votações para a Presidência da República está prevista para o dia 19 de novembro. Entre os candidatos estão o atual ministro da Economia, Sérgio Massa, e o ultraliberal Javier Milei, líder da coalizão política La Libertad Avanza.