Economia
O varejo asiático está se tornando um desafio para empresas brasileiras, incluindo a Magalu. Durante fala em evento, Luiza Trajano, maior acionista da empresa, disse que “não tem como competir se você paga 37% de imposto e o outro não paga”.
Trajano revelou que pretende conscientizar os consumidores pra que entendam que, ao pagar barato, tiram empregos do Brasil. Ela enfatizou que não é contra varejistas asiáticas, mas acredita que todas as empresas devem seguir as mesmas regras.
Além de Luiza Trajano, Luciano Hang, CEO da Havan, também expressou sua preocupação com a atuação de varejistas estrangeiras no país e está pressionando por um aumento na tributação das empresas chinesas.
Segundo uma pesquisa interna liderada por Hang, as empresas de varejo digital internacionais farão com que o Brasil deixe de arrecadar mais de R$60 bilhões em 2022 e R$100 bilhões em 2023.
O governo estuda a possibilidade de tributar produtos de e-commerce importados de sites estrangeiros, como Shein, Aliexpress e Shopee.
O objetivo é diminuir a concorrência dos produtos chineses e impulsionar as vendas das lojas brasileiras.
Lula planeja incluir a tributação de sites chineses na reforma tributária em debate no Congresso, segundo o Estadão. Uma opção seria aplicar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) nas vendas desses e-commerces.
A medida não agrada as varejistas brasileiras, que querem uma solução mais rápida. Elas preferem a tributação imediata do Imposto de Importação, em vez de uma transição gradual para o IVA que pode durar até 2031.