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O acordo entre o governo Biden e a liderança Republicana dá um aval para aumento da dívida americana pelos próximos anos.
Um estudo apresentado no início do ano, reiterado agora em meio ao acordo, aponta que os EUA chegarão a 2033 com uma dívida de US$51,99 trilhões. Além disso, esse valor representa um aumento de US$20 trilhões em apenas 10 anos.
A análise do Congresso leva em consideração um custo crescente com os juros da dívida, bem como déficits persistentes. Adicionalmente, nos primeiros 6 meses do ano fiscal (iniciado em outubro), os EUA registraram um déficit de US$950 bilhões.
O acordo feito por Biden e Kevin McCarthy, o Republicano que preside a Câmara americana, garante até 2025 sem um novo teto da dívida.
A expectativa é de que o novo acordo seja votado nesta semana, dado que os EUA estarão oficialmente sem dinheiro em caixa no dia 5 de junho.
Pelo acordo, o governo deve ter acesso aos fundos não utilizados durante a pandemia de Covid-19. O acordo também prevê a aceleração de projetos em energias renováveis.
Em meio a uma expectativa de recessão, é improvável que o governo americano vá retrair gastos. De fato, a aceleração de investimentos e concessões em energia é um dos maiores custos previstos para os próximos anos.
Com a necessidade permanente de financiar os déficits, o governo americano seguirá imprimindo dólares. Como ocorrido em outras oportunidades, a forma de equilibrar a dívida poderá ser via inflação.
Na prática, a inflação eleva os preços nominais, em consequencia aumentando o PIB.
Com um PIB maior — em termos nominais — a relação dívida/PIB cai.
O Bitcoin subiu 4% neste final de semana com a aprovação de 2 anos de gastos “liberados” pelo acordo com o líder do Congresso.
Nesse sentido, o tema aquece a tese do bitcoin e sua escassez proposital que contrasta com a expansão ilimitada de dólares.