Tecnologia
Sendo uma fábrica de bilionários bem-sucedidos, o Vale do Silício se destaca por revelar jovens com o DNA voltado para os negócios.
Não atoa, diversas empresas se localizam na região visando captar a mão-de-obra bem qualificada existente nos arredores.
Mas nem sempre o que surge de lá é positivo, e esse é o caso de Elizabeth Holmes, a criadora de uma fraude de US$9 bilhões.
Holmes tinha apenas 19 anos quando abandonou a universidade de Stanford para se dedicar a criação da Theranos, uma startup com uma proposta disruptiva.
A princípio, a ideia de Holmes era inegavelmente boa, substituir os longos e custosos hemogramas com a criação de uma máquina que realiza uma bateria de exames com uma quantidade mínima de sangue.
A proposta inovadora acabou atraindo diversos investidores e alocações baseadas em Venture Capital.
Segundos os dados compilados pela plataforma Crunchbase, cerca de US$1,3 bilhão de dólares foram investidos na companhia que propunha uma ideia matematicamente impossível.
A fraude só foi desmantelada em 2015, quando reportagens do Wall Street Journal denunciaram que a empresa usava máquinas comuns para fazer os diagnósticos e escondia a impossibilidade de cumprir sua proposta.
A princípio, Holmes foi condenada a 4 das 11 acusações que sofreu, e estava aguardando a divulgação de sua sentença, que pode ser de 20 anos para cada uma das quatro acusações pelas quais ela foi considerada culpada.
Em 30 de maio de 2023, Elizabeth Holmes foi oficialmente presa. Ela cumprirá pena de 11 anos.