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Como a Gurgel foi a falência a espera de apoio do governo

Foi em 1949 que o engenheiro eletricista João Amaral Gurgel se formou na faculdade. Sua tese de conclusão: um carro popular, chamado por ele de “Tião”.

Segundo o próprio Gurgel contaria anos mais tarde, a ideia foi considerada “sem sentido” pelo seu orientador, que afirmou que “carro não se fabrica, se compra”.

Vinte anos depois, em 1969, a Gurgel lançaria seu primeiro veículo, o Ipanema. 

Os anos 60 e 70 marcaram a ascensão dos grandes subsídios para a indústria automotiva nacional, além de um aumento expressivo nas obras faraônicas que levariam ao chamado “milagre brasileiro”.

Neste cenário, o Ipanema foi um sucesso, com um aspecto similar ao do Fusca, o veículo popular que se tornaria um símbolo nacional, e logo evoluiria para uma nova versão, um Jipe, chamado por Gurgel de “Xavante”.

Já em 1973, o mundo conheceria a grande crise do petróleo, quando países árabes e Israel entraram em conflito e o preço do petróleo disparou 400%.

Foi com este cenário em mente que Gurgel avançaria para aquele que se tornou quase um símbolo da empresa: o carro elétrico.

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O Itaipu E150, recebeu este nome para homenagear aquela que seria a maior usina hidrelétrica do mundo, construída entre 1975 e 1982.

O projeto consistia em um furgão com velocidade máxima de 30 Km/h. algo que chegaria aos 60 Km/h nas versões finais, e autonomia de 50Km, com 10h de recarga.

Em valores de hoje, o veículo custaria o equivalente a R$60 mil.

Os preços e o fato de o veículo ser extremamente pequeno acabaram afastando a Gurgel do consumidor.

Com isso em mente, a empresa criou o BR800, carro popular projetado para ser extremamente barato. 

Com preço de $3 mil, o veículo podia ser comprado apenas adquirindo ações da própria Gurgel. 

Na prática, a empresa buscava meios de se capitalizar, algo que ocorreu com as 8 mil unidades vendidas.

Nos anos 90 a aposta da Gurgel em veículos populares encontraria concorrência, dado que o governo de Fernando Collor abriu o mercado isentando de IPI veículos 1.0, atraindo fabricantes como a FIAT.

Em 1993, Gurgel buscaria ainda um acordo com o governador do estado do Ceará, Ciro Gomes, para salvar a empresa.

O empréstimo de $20 milhões que manteria as operações acabou não saindo, no que o empresário anos mais tarde alegou ter sido a causa central para a empresa fechar suas portas.

Segundo o próprio Ciro, a Gurgel tomou um empréstimo de $3,5 milhões no Banco do Nordeste e não pagou, deixando o débito para o governo do estado quitar.

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