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A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, firmou uma parceria com a B3 para lançar um ETF de Bitcoin em formato de BDR no Brasil, segundo noticiado pelo CoinTelegraph.
Na visão de Theodoro Fleury, gestor da QR Asset, esse é um movimento estratégico natural e até esperado de certa forma.
Um BDR de ETF, ou de ação, permite que investidores brasileiros tenham acesso a ativos estrangeiros emitidos no exterior.
Nesse sentido, havendo a necessidade de uma emissora por trás, garantindo que os BDRs emitidos no Brasil estejam devidamente lastreados ao ativo subjacente.
Desse modo, o movimento marca a entrada da BlackRock no mercado brasileiro de criptoativos. Portanto, a gestora norte-americana agora visa expandir o sucesso de seu ETF de Bitcoin à vista aprovado pela SEC nos Estados Unidos.
O ETF, que terá o ticker IBT39, será listado na B3 a partir de 1º de março. Todavia, vai estar inicialmente disponível para investidores institucionais e, posteriormente, para o varejo.
“Acreditamos no potencial da tecnologia e que hoje é possível que todos os investidores, pessoas físicas possam construir uma carteira só com ETFs”, declarou Saade.
O IBT39 visa replicar o desempenho do preço do bitcoin, apresentando uma taxa de administração de 0,25%, com uma isenção de um ano que reduz a taxa para 0,12% sobre os primeiros US$ 5 bilhões sob gestão.
O IBIT39 se sustenta pela mesma tecnologia de nível institucional e experiência em gerenciamento de risco usada para os 1.300 ETFs iShares da BlackRock. Assim, marcando um passo importante na iniciativa de ativos digitais da empresa, segundo o anúncio.
Vale ressaltar que os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados neste ano nos EUA. Contudo, no Brasil, esse veículo de investimento já existe desde 2021.
Já era possível adquirir ETFs de Bitcoin por meio de gestoras brasileiras. Exemplos são os principais em volume da QR Asset e Hashdax, o QBTC11, HASH11 respectivamente.
O mercado de criptomoedas na B3 começou em 2021 e já conta com 13 ETFs com exposição a criptoativos, totalizando um patrimônio de 2,5 bilhões de reais. Em 2024, os ETFs cripto já negociaram mais de R$ 30 milhões.