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O Bitcoin e o ouro alcançaram novos recordes de preço simultaneamente, refletindo a desconfiança dos investidores no sistema fiduciário e buscando proteção contra a inflação.
O ouro ultrapassou seu recorde anterior, atingindo US$ 2.130, enquanto o Bitcoin alcançou um pico histórico de US$ 69.210, superando seu recorde anterior de dois anos.
Esses ativos são vistos como reservas de valor, com o Bitcoin frequentemente comparado ao "ouro digital" devido a suas características limitadas e programadas de emissão, além da possibilidade de auto custódia.
Nesse sentido, o Bitcoin tem em sua programação um limite de 21 milhões moedas. Além disso, sua emissão é programada, e 99% será emitida até 2035. Contudo, os 1% restantes serão emitidos até 2140.
A emissão por bloco, ou a cada 10 minutos mais ou menos, é de 6,25 BTC. Contudo, a cada quatro anos esse número reduz pela metade. O evento é o halving, e este ano vai ocorrer em meados de abril.
A correlação entre o Bitcoin e o ouro tem aumentado, 0,54 em uma escala de -1 a 1, mas ainda não alcançou os picos anteriores, 0,95 em 2020, conforme dados do The Block.
Esse fenômeno inédito desde a criação do Bitcoin em 2009 é interpretado como um sinal de desconfiança crescente no dinheiro fiduciário.
Isso, com a expectativa de taxas de juros mais baixas para gerenciar dívidas soberanas em um contexto de taxas de juros já elevadas.