Economia
A conferência do Fórum Econômico Mundial deste ano começou nesta segunda em Davos, na Suíça, reunindo 3 mil pagantes e algumas centenas de painelistas em ao menos 500 eventos.
Desde 2020 em meio ao cenário de pandemia global, porém, o Fórum tem sido encarado de forma diferente. Algumas pessoas acusam a instituição de buscar “controlar” ou “remodelar a sociedade” sob a perspectiva de grandes corporações e políticos.
De fato, em 2020 o chairman do WEF, Klaus Schwab, publicou uma carta que se tornaria referência sobre o evento, chamada de “Grande Reset”.
Em suma, o Fórum comentou sua visão sobre grandes mudanças no cenário econômico mundial que deveriam ser feitas. Elas são pautadas por 3 pontos.
– Criar uma economia de “partes interessadas” e não de shareholders; – Criar uma economia mais residente, sustentável e equitativa com base nos princípios ESG; – Abraçar inovações da quarta revolução industrial.
O plano acabou sendo resumido por meio de um quote do próprio WEF em 2016, falando sobre a economia compartilhada que dizia “você não irá possuir nada, mas será feliz”.
A prática da economia compartilhada tem sido o santo graal de investidores. As mensalidades que você paga na Netflix, Prime, Spotify ou o Uber são um exemplo dessa nova economia.
Na prática, você deixa de ser dono do DVD, do carro ou dos CDs de música, além de deixar de comprar todo o catálogo de uma locadora ou mesmo um carro, pra viver alugando esses serviços.
Isso permite às empresas venderem mais, tendo uma receita recorrente que permite se planejar, além de vender aos investidores este potencial e capitalizar-se para ampliar investimentos e continuar a crescer.
O tal “Grande Reset”, porém, vai um pouco além. Ele define práticas que as empresas devem seguir, tornando-se menos focadas em gerar recursos para os acionistas e mais focadas em gerar impacto na sociedade.
O documento de 110 páginas que resume o grande reset, foca em destrinchar alguns problemas reais, como a desigualdade crescente em economias mais desenvolvidas, com a financeirização dos negócios.
Ainda assim, não há uma solução clara para nada, apenas um certo aval para que as empresas passem a intervir em questões que vão além de ser responsabilidades, sem delinear limites.