Confira os destaques
Idealizada por Chris Larsen, executivo da Ripple, e aliados do Greenpeace, a nova campanha publicitária do World Economic Forum ‘’Change the code, Not the Climate’’ contém um apelo sobre o impacto ambiental do Bitcoin.
A reinvindicação da organização é a mesma de diversos outros ativistas ambientais, que na maioria das vezes, não compreendem de fato o funcionamento de uma transação em blockchain.
Por isso, separamos alguns tópicos com informações válidas sobre o setor:
1)
Para entrarmos no mérito do desenvolvimento sustentável da mineração de bitcoin, temos que antes, entender brevemente como ela funciona.
O bitcoin foi a primeira solução de engenharia capaz de permitir que pagamentos digitais fossem realizados sem terceiros.
Em troca da confiança de terceiros, a rede de bitcoin utiliza um complexo sistema chamado PoW (Proof of Work).
No PoW, a rede impõe diversos problemas matemáticos de alta complexidade a diversos computadores.
Com o sistema PoW (prova-de-trabalho), esses problemas são resolvidos e verificados por GPUS especializadas.
Apenas quando esta série de problemas matemáticos forem resolvidas e a solução correta for identificada, a transação é verificada e registrada na rede de bitcoin.
Os computadores responsáveis pela ação são os ''mineradores''.
A mineração serve como uma barreira cibernética para fraudes, tornando a rede do bitcoin inviolável.
2)
Ao contrário da premissa do senso comum, a indústria de mineração de bitcoin é uma das indústrias mais focadas em energias renováveis e com os maiores incentivos para isso no longo prazo.
Sob perspectiva lógica, é um ponto essencial que os mineradores irão buscar se posicionar da melhor forma possível no mercado, essa posição é encontrada com o uso de fontes renováveis.
Segundo dados do relatório anual da CoinShares, a utilização de fontes renováveis é adotada por cerca de 76% dos mineradores e mais de 60% de todo o consumo de energia de mineradoras vêm de fontes renováveis.
3)
Somente nos Estados Unidos existem aproximadamente 76.837 agências bancárias e 5.177 sedes de bancos comerciais no país.
Ao todo, o sistema bancário consome 2.340M de GJ de energia anualmente em todo mundo, 13 vezes mais do que o Bitcoin utiliza.
Por outro lado, a mineração de ouro consome 475M de GJ anuais, 2,5x o consumo do Bitcoin sob um meio monetário ''teoricamente'' extinto.
Ao todo, o sistema bancário consome 2.340M de GJ de energia anualmente em todo mundo, contra 183M consumidos pela rede do Bitcoin.
4)
Em escala mundial, o gasto de energia com a mineração representa cerca de 0,47% do gasto total de energia. Sendo que, como já foi abordado, 74% da matriz energética da rede de bitcoin é proveniente de energia limpa.
Em suma, o mundo demanda 167 mil TWh para manter todas as atividades humanas, disso, 0,07% corresponde à mineração de Bitcoin.
As mudanças climáticas causadas pela atividade humana são um problema real e que deve ser endereçado nas próximas décadas, ao contrário porém, o Bitcoin como uma reserva de valor é uma solução.
Clique para ler