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Em meio a negociações para elevar o teto da dívida, o governo americano chegou a uma situação curiosa: hoje 10% do caixa está em Bitcoin.
O presidente americano Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um consenso em relação ao aumento do teto da dívida.
No entanto, o acordo ainda precisa ser submetido à votação no Congresso americano. Enquanto isso, os Estados Unidos continuam enfrentando uma situação de caixa reduzido, possuindo atualmente menos de US$50 bilhões em reservas.
Vale ressaltar que os US$5,7 bilhões em Bitcoin representam mais de 10% das disponibilidades do governo.
A crise se instaurou quando o governo atingiu o limite de endividamento, estabelecido em US$31,4 trilhões, em janeiro deste ano. Em seguida, o governo Biden teve que negociar com o Congresso um novo aumento.
Com um déficit de US$1 trilhão em apenas 6 meses, o Congresso, controlado pela oposição, passou a exercer pressão sobre o governo.
O acordo, que deverá ser votado nesta semana, é de extrema urgência, uma vez que o governo americano possui apenas mais 5 dias de caixa restante.
Atualmente, o governo americano detém uma reserva significativa de 205,515 Bitcoin, que, com base no valor de mercado atual, equivale a aproximadamente $5,689,718,636.
Isso representa cerca de 1,06% da oferta circulante total de Bitcoin. A última movimentação registrada dessas carteiras ocorreu em 7 de março de 2023, demonstrando que o governo dos EUA continua a gerenciar ativamente suas reservas de Bitcoin.
A origem das moedas se dá na Silk Road que era um mercado online, no qual os usuários podiam adquirir uma ampla variedade de produtos, que iam desde drogas até armas e outros itens comuns, utilizando Bitcoin como forma de pagamento.
No entanto, em 2013, o FBI encerrou as atividades do Silk Road e deteve seu fundador, Ross Ulbricht. Como parte dessa operação, o FBI realizou a apreensão de aproximadamente 144.000 Bitcoins, os quais, na época, tinham um valor estimado em cerca de $122 milhões.