Trump quer ‘demitir’ Powell, mas ainda não tem essa bola toda

O presidente Donald Trump intensificou sua ofensiva contra autoridades independentes do governo dos Estados Unidos. Após pressionar pela saída de Gary Gensler da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), Trump agora volta suas críticas ao presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

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Em uma publicação recente em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou que a “demissão de Powell não pode vir rápido o suficiente”. Desse modo, o presidente criticou a postura do Fed em manter as taxas de juros estáveis em meio às incertezas econômicas causadas pelas próprias políticas tarifárias do governo.

Trump expressou frustração com a decisão do Fed de manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,5%. Enquanto o Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de referência para 2,25%.

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Ele argumenta que a economia americana supostamente se beneficia das tarifas impostas na guerra comercia. Portanto, o Fed deveria seguir o exemplo do BCE e cortar as taxas de juros para estimular ainda mais o crescimento. Jerome Powell, nomeado por Trump em 2017 e reconduzido ao cargo por Joe Biden em 2022, tem mandato até maio de 2026.

Ele reiterou a importância da independência do Fed e afirmou que pretende cumprir seu mandato até o fim. Powell destacou que as decisões do banco central devem ser baseadas em dados econômicos e não em pressões políticas.

Trump pode demitir Powell?

A legalidade de uma possível demissão de Powell por Trump é questionável. O Federal Reserve é uma agência independente, e a legislação atual protege seus dirigentes de demissões sem justa causa.

No entanto, a Suprema Corte dos EUA está analisando casos que podem redefinir os limites do poder presidencial sobre agências independentes. O que poderia afetar a estabilidade institucional do Fed.

Analistas alertam que qualquer tentativa de minar a independência do Fed pode desestabilizar os mercados financeiros e comprometer a credibilidade da política monetária dos Estados Unidos.

A pressão política sobre o banco central em um momento de incerteza econômica pode ter consequências significativas para a economia global.

A situação atual destaca as tensões entre o Executivo e instituições independentes, levantando preocupações sobre a separação de poderes e a governança econômica nos Estados Unidos.

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