A Tether, empresa responsável pela stablecoin USDT, tornou-se a 7ª maior compradora de títulos do Tesouro dos EUA em 2024. A empresa acumulou mais de US$ 33,1 bilhões em Treasuries. De outro ponto de vista, pode se dizer que a Tether é a sétima maior exportadora de inflação dos EUA, uma vez que vende a dívida para o mundo todo.
O USDT é uma ferramenta que muitos investidores da Web3 usam para negociação de pares ou formação de caixa. Ou ainda por investidores que buscam acesso ao dólar sem depender do sistema bancário tradicional.
Esse movimento fortalece a circulação do dólar no exterior e mantém a demanda pelos Treasuries. Basicamente colaborando com o financiamento dos EUA.
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Além disso, em paralelo a regulação sobre stablecoins nos EUA avança de forma positiva. Enquanto Donald Trump faz de tudo para barrar a ideia da CBDC. Como parte de sua adoção de ativos digitais, a política de Trump dá uma nota positiva sobre stablecoins.
Por outro lado, o dólar digital está cada vez mais distante, o que pode abrir caminho para o dólar digital privado, como o USDT da Tether. Também vale dizer que o Secretário do Comércio da atual administração de Trump, Howard Lutnick, possui participação na Tether.
O montante de dívidas que a Tether adquiriu coloca a empresa cripto à frente de diversos países na lista dos maiores detentores de dívida americana, conforme divulgou Paolo Ardoino, CEO da empresa.
Desse modo, a posição da Tether como um dos principais compradores de dívida dos EUA ressalta a relevância das stablecoins no mercado financeiro e a interdependência entre o ecossistema de criptoativos e o sistema financeiro tradicional.
Atualmente, a Tether é a maior stablecoin do mercado, e a quarta maior criptomoeda do mercado, com um valor de mercado de US$ 143 bilhões.
Os títulos do Tesouro americano são considerados um dos ativos mais seguros do mundo e são amplamente utilizados por países e grandes instituições financeiras para preservar valor e garantir liquidez.
A decisão da Tether de comprar US$ 33,1 bilhões em Treasuries mostra um movimento estratégico. O objetivo mais visível é dar mais credibilidade ao USDT e garantir sua paridade com o dólar.
Esse acúmulo de Treasuries coloca a Tether à frente de países como Canadá, Taiwan, México e Noruega no ranking de compras de dívida americana.
No topo da lista, estão Ilhas Cayman, França, Luxemburgo, Bélgica e Singapura, que adquiriram quantidades ainda maiores de títulos do Tesouro.
Além de fornecer mais segurança ao USDT, essa estratégia também garante forte liquidez à stablecoin, permitindo resgates em dólar com maior facilidade e reduzindo riscos para os usuários que utilizam o USDT como meio de pagamento, reserva de valor e trading.
A crescente participação da Tether na dívida dos EUA indica que o próprio governo americano pode ter um interesse indireto na estabilidade do USDT. Com um volume significativo de Treasuries em sua posse, a Tether acaba se tornando um ator relevante na economia dos EUA, contribuindo para o financiamento do governo americano.
Além disso, o fato de uma empresa do setor cripto estar entre os maiores compradores de dívida dos EUA levanta questões sobre o impacto das stablecoins na economia global e sobre possíveis regulamentações futuras.
As stablecoins desempenham um papel fundamental na liquidez do mercado cripto. A Tether, sendo a maior emissora desse tipo de ativo, tem uma influência significativa.
A relação entre a Tether e o governo dos EUA pode se tornar ainda mais relevante. O movimento pode se intensificar à medida que reguladores busquem maneiras de integrar as stablecoins ao sistema financeiro tradicional. Ou ainda garantir maior supervisão e segurança para investidores e usuários.
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