O balanço auditado do Master divulgado nesta semana trouxe um dado que chamou atenção: a instituição desembolsou R$580 milhões em despesas com serviços de consultoria jurídica apenas em 2024.
O valor aparece na nota explicativa 27 do documento. E representa um salto expressivo em relação ao ano anterior, quando esse tipo de despesa foi de R$335 milhões. O aumento de R$ 246 milhões, ou 73%, em um único ano levanta questionamentos sobre a natureza e a finalidade desses contratos.
O Master não detalha os nomes dos escritórios contratados nem os objetos dos serviços prestados, mantendo as informações sob a classificação genérica de “consultoria jurídica”.
A ausência de transparência e os valores vultosos chamaram a atenção de analistas do setor financeiro. “Entre várias acrobacias e piruetas contábeis, esse número é, de longe, o mais interessante”, comentou um analista no X.
Apesar do peso dessas despesas, o documento não menciona litígios ou disputas judiciais que justifiquem valores tão elevados. Isso levanta dúvidas de especialistas.
O questionamento que o fintwitter levanta é: tais recursos foram realmente destinados a questões jurídicas convencionais ou se estão relacionados a estratégias defensivas, negociações delicadas. Ou, em um cenário mais crítico, à tentativa de ocultar problemas maiores.
Consultoria jurídica refere-se a serviços prestados por escritórios de advocacia ou consultores especializados para orientar empresas em questões legais. Isso pode incluir desde a elaboração de contratos, assessoria em negociações, até a defesa em processos judiciais ou a estruturação de operações complexas, como fusões e aquisições.
No caso de um banco como o Master, é comum que haja despesas jurídicas relacionadas à due diligence (análise detalhada de riscos), reestruturação societária ou disputas regulatórias. No entanto, o valor de R$580 milhões é considerado por alguns analistas como algo fora da curva, mesmo para uma instituição desse porte.
Portanto, para entender a relevância desse aumento, é importante contextualizar: um crescimento de 73% em despesas jurídicas é muito superior à inflação do período (que foi de cerca de 4,5% em 2024, segundo o IBGE) e também ao crescimento do lucro do banco, que foi de 100,7% (de R$532 milhões em 2023 para R$1,068 bilhão em 2024).
Além disso, o Master não detalha os nomes dos escritórios contratados nem os objetos dos serviços prestados, mantendo as informações sob a classificação genérica de “consultoria jurídica”.
O Master, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre o tema. Contudo, o que se sabe é que a revelação surge em um momento delicado sobre as práticas financeiras do banco.
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