O número de bilionários que realizam sorteio de graça para os investidores de cripto aumentou consideravelmente no primeiro trimestre de 2024. Contudo, infelizmente é referente aos golpes com deepfake (inteligência artificial), e nenhum deles é real.
Desse modo, a afirmação correta é que golpistas cripto que usam deepfake e inteligência artificial estão cada vez mais ativos no segundo trimestre de 2024. A pesquisa é de acordo com a empresa de software Gen Digital, controladora das empresas de antivírus Norton, Avast e Avira.
Anteriormente, em épocas de Web1, os golpes não exigiam ou não dispunham de grandes ferramentas. Apesar disso, a tática é a mesma, de engenharia social. Ou seja, enganar a vítima com promessas. Os clássicos e-mails dos príncipes nigerianos ilustram bem a situação.
Atualmente, as táticas evoluíram junto da tecnologia. No relatório trimestral da Gen Digital, a empresa destacou que acompanhou um grupo chamado “CryptoCore”. O grupo é um dos vários que usam golpes com deepfake e inteligência artificial para enganar detentores de criptomoedas.
O grupo promove falsos investimentos em criptomoedas, ou sorteios gratuitos. Para dar mais autoridade a isso, usam vídeos oficiais de bilionários e milionários do setor, como Elon Musk, Michael Saylor, Vitalik Buterin e Larry Fink.
Contudo, os golpistas substituem o áudio por vozes geradas por inteligência artificial ou misturam material não oficial com imagens oficiais para realizar suas fraudes.
A Gen Digital informou que a organização criminosa espalha seus vídeos em plataformas de mídia social, como YouTube, X e TikTok. Os golpistas também usam contas hackeadas em redes sociais com grandes números de seguidores para exibir transmissões ao vivo promovendo seus golpes.
Em agosto, a empresa de antivírus Avast também realizou uma investigação aprofundada sobre o CryptoCore e descobriu que os tópicos mais explorados com deepfakes movidos por IA para realizar golpes, além de Musk e Saylor, incluíam SpaceX, MicroStrategy, Ripple, Tesla, BlackRock e Cardano.
Recentemente, o grupo golpista CryptoCore atraiu vítimas com estas deepfakes sobre eventos oficiais. Conforme a empresa da Avast, os golpistas divulgaram os vídeos em contas comprometidas do YouTube e usaram códigos QR para direcionar as vítimas a campanhas falsas de doação de criptomoedas.
O valor que conseguiram roubar foi de US$ 5 milhões. Outro exemplo, foi durante o teste de voo integrado da SpaceX Starship (IFT-4) em junho, quase 50 contas do YouTube foram sequestradas, e a campanha resultou em 500 transações totalizando US$ 1,4 milhão.
A empresa observou que os golpistas agora são capazes de realizar sincronização labial de alta qualidade, o que pode enganar os espectadores, fazendo-os acreditar que estão assistindo a promoções oficiais de indivíduos conhecidos.
“Continuamos a ver os cibercriminosos expandirem seus kits de ferramentas com ainda mais usos de IA para fortalecer seus ataques”, disse Siggi Stefnisson, Diretor de Tecnologia da Gen.
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