Dólar na Argentina atinge menor cotação em 6 meses

O dólar blue, a moeda paralela utilizada na Argentina, registrou nesta segunda-feira (2) seu menor valor desde maio, de acordo com os jornais Clarín e La Nación. A cotação da moeda caiu 20 pesos em relação à sexta-feira (29). Desse modo, encerrando o dia cotado a 1.100 pesos para venda e 1.080 pesos para compra.

Enquanto isso, o dólar oficial registrou alta de 50 centavos, fechando em 1.032 pesos para venda e 992 pesos para compra. Já no contexto de inflação, as estimativas do Grupo Equilibra para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Nacional de novembro de 2024 indicaram estabilidade na inflação mensal, com uma taxa de 2,7%.

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A componente “Core” (núcleo da inflação), que exclui itens com preços mais voláteis, como alimentos e energia, também apresentou desaceleração, passando de 2,9% em outubro para 2,7% em novembro.

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O que é o dólar blue da Argentina?

Portanto, na Argentina observa-se a queda da inflação, e do dólar blue. Vale dizer que o dólar blue é parte do câmbio paralelo, portanto clandestino. Apesar disso, é o mais usado como referência para transações no país, inclusive mais do que o dólar oficial.

Segundo economistas, o dólar oficial, sob controle do Banco Central da República Argentina (BCRA), não reflete de maneira imediata as flutuações do peso argentino. Já o dólar blue, cuja cotação é puramente um efeito da oferta e demanda, acompanha de forma mais fiel às dinâmicas do mercado.

De acordo com o jornal La Nación, esta foi a quinta queda nominal consecutiva do dólar blue, que encerrou novembro em baixa. O movimento de queda reflete uma combinação de fatores, incluindo intervenções diretas do Banco Central argentino e operações de carry trade.

A mesma estratégia que fazem no Japão, onde operadores tomam empréstimos em moedas com taxas de juros mais baixas e investem em mercados de taxas mais altas, como o argentino.

O declínio na cotação do dólar blue acontece enquanto o presidente Javier Milei completa quase um ano no cargo. A queda do dólar blue também é vista como reflexo do otimismo do mercado em relação às reformas econômicas implementadas pelo governo Milei, que incluem medidas de austeridade fiscal, propostas para dolarização da economia e cortes drásticos na máquina pública.

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