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Categorias: BlockchainNotícias

Circle, emissora da USDC, anunciou o IPO. Quanto é o salário do CEO?

Publicado por
Leonardo Rubinstein

02/04/2025 11:44:36

Pode parecer, mas não é mentira. A Circle, empresa por trás da stablecoin USDC, protocolou seu pedido de oferta pública inicial (IPO) junto à SEC neste 1º de abril, terça-feira. Ou seja, a empresa vai captar recursos financeiros de maneira pública, ao ofertar suas ações na Bolsa de Valores.

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O documento já está público no site da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Entretanto, o que mais chamou atenção foi uma série de posts no X da conta Farside Investors sobre a tabela de compensação dos executivos da Circle.

Os dados são públicos, mas a conta no X destacou pontos interessantes.

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Entre as informações divulgadas estão salários e bônus na casa dos milhões de dólares. Além disso, as despesas e gastos da empresa que vai abrir capital.

O pedido de IPO da Circle

Em 2024, a Circle gastou mais de US$ 1 bilhão em custos de distribuição e transação, uma proporção significativamente maior de sua receita em comparação com a concorrente Tether.

Além disso, em 2022, a empresa registrou um prejuízo de US$ 720 milhões, impactada pela falência de grandes players do mercado cripto, como FTX e Three Arrows Capital (3AC).

Esses números, extraídos de uma tabela financeira compartilhada no post, mostram que a Circle enfrenta desafios significativos nos últimos anos, mesmo com uma receita de US$ 1,9 bilhão em 2024.

Outro post da thread destacou a alta movimentação de USDC, com criações brutas anuais muito superiores ao saldo em circulação. Indicando uma intensa atividade de emissão e resgate.

Então, para onde grande parte da receita bilionária da empresa? E o que justifica a empresa querer captar dinheiro de investidores da Bolsa de Valores nos EUA?

Parte da resposta parece estar nos salários dos executivos, que a tabela revelou ser compensações generosas para a alta gestão da Circle. E ao mesmo tempo, não parece ser o maior dos problemas.

Jeremy Allaire, CEO e presidente, recebeu US$ 3,6 milhões em 2024, incluindo salário base, bônus e opções de ações, enquanto outros executivos, como o CFO Jeremy Fox-Geen e a presidente de assuntos globais Elisabeth Carpenter, receberam US$ 1,9 milhão e US$ 1,5 milhão, respectivamente.

A principal discussão foi que, esses valores contrastam com os prejuízos reportados, gerando questionamentos sobre a alocação de recursos da empresa.

Os salários milionários dos executivos da Circle

Jeremy Allaire, que lidera a empresa desde sua fundação em 2013, viu sua compensação total crescer de US$ 2,2 milhões em 2022 para US$ 3,6 milhões em 2024, incluindo um bônus de US$ 1,5 milhão e opções de ações avaliadas em US$ 1,2 milhão.

Em resumo, o salário do CEO aumentou 63,64% em dois anos.

Por sua vez, Jeremy Fox-Geen, CFO, teve uma remuneração de US$ 1,9 milhão em 2024. Enquanto Elisabeth Carpenter, responsável por assuntos globais, recebeu US$ 1,5 milhão no mesmo ano.

Outros executivos, como Dante Disparte (chefe de política global) e Mandeep Walia (diretor de compliance), também receberam valores significativos, na faixa de US$ 1,2 milhão a US$ 1,4 milhão.

Ou seja, no total foram US$ 9,6 milhões em remuneração aos executivos. Apesar de parecer muito, trata-se de apenas 0,51% da receita da empresa.

Reações mistas no X

Mesmo assim, no X, as reações a esses números foram mistas. “A Circle teve um prejuízo de US$ 720 milhões em 2022 e ainda paga milhões aos executivos? Isso é um tapa na cara dos investidores.”

Por outro lado, outros usuários defenderam os salários: “Executivos de alto nível em empresas de tecnologia sempre ganham muito. A Circle está competindo com gigantes como a Tether, então precisa atrair os melhores talentos.”

A discussão reflete um debate mais amplo sobre a governança corporativa em empresas de criptomoedas, especialmente em um momento em que a Circle busca atrair investidores para seu IPO.

A Circle tem se posicionado como uma das principais empresas no mercado de stablecoins, com o USDC sendo a segunda maior stablecoin em circulação, atrás apenas do USDT da Tether.

Outro post da thread revelou que a Circle paga taxas de gestão à BlackRock, que administra o Circle Reserve Fund, com taxas de 0,15% para os primeiros US$ 10 bilhões em ativos e 0,135% para valores acima disso.

Além disso, a empresa mantém US$ 19 bilhões em acordos de recompra (repos) com bancos globais, como Barclays e Goldman Sachs, conforme os dados.

Tether já disse que não mira em IPO

Diferente da Circle, a Tether não pensa em IPO. Quem afirmou isso foi o próprio CEO, Paolo Ardoino, durante um podcast do BlockTrends. Segundo ele, não há motivo para a empresa buscar recursos no mercado acionário da bolsa de valores.

Em exemplo, ele lembra que a empresa que considera de maior sucesso, a italiana Ferrero Rocher, nunca fez um IPO. Portanto, as duas maiores emissoras de stablecoins do mercado cripto pensam diferente, mas tem algo em comum: salários gordos.

Embora os dados exatos não estejam disponíveis, podemos estimar os salários dos executivos da Tether com base em padrões do setor cripto e no porte da empresa.

A Tether é uma das empresas mais lucrativas do mercado de criptomoedas, com uma capitalização de mercado do USDT que a coloca à frente de concorrentes como a Circle.

Tether vs Circle

De acordo com um relatório da Forbes sobre salários de executivos em empresas de tecnologia e finanças, CEOs de empresas de tecnologia de médio a grande porte, como a Tether, geralmente recebem entre US$ 2 milhões e US$ 5 milhões anualmente, incluindo salário base, bônus e opções de ações.

Paolo Ardoino, como CEO da Tether, provavelmente recebe uma compensação na faixa de US$ 2,5 milhões a US$ 4 milhões por ano, considerando a lucratividade da empresa e sua posição dominante no mercado.

Outros executivos de alto escalão, como o CFO ou o diretor de operações, podem receber entre US$ 1 milhão e US$ 2,5 milhões, valores que seriam competitivos, mas possivelmente mais baixos que os da Circle, dado que a Tether parece ter uma operação mais eficiente em termos de custos.

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Leonardo Rubinstein

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.

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Tags: CriptomoedasEUAmercado criptoStablecoins
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