Na manhã de 28 de abril de 2025, um apagão massivo na Península Ibérica e no sul da França desconectou 599 nós validadores da rede Bitcoin. Foi o equivalente a 2,78% dos nós alcançáveis globais, segundo dados da Bitnodes. A rede nem sentiu cócegas, pois trata-se de uma tecnologia descentralizada, presente ao redor do mundo. Muitos retomaram a discussão de “e se fosse global? Sem internet no mundo, o Bitcoin já teria “morrido’”.
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Apesar disso, quem levanta essa hípotese geralmente não se pergunta antes: e o mercado financeiro tradicional? A resposta é: o mercado financeiro global depende da internet para praticamente todas as suas operações, e seria a primeira vítima do evento apocalíptico em questão.
Um relatório da Deloitte de 2017 já destacava que a internet é essencial para pagamentos móveis, acesso a informações de mercado e operações bancárias.
Em 2025, essa dependência é ainda mais crítica: o Global Payments Report 2024 da Worldpay revela que 82% das transações financeiras globais são digitais. Desse modo, movimentando mais de US$ 8,5 trilhões por ano.
Bolsas de valores como a NYSE processam cerca de 1,5 bilhão de ordens por dia via sistemas eletrônicos como o Sistema de Negociação Automatizada (ATS), segundo dados da NYSE de 2024.
Um apagão global da internet paralisaria essas operações. Portanto, interromperia a compra e venda de ações, derivativos e commodities, e causando um colapso imediato nos mercados financeiros.
Os custos econômicos de uma interrupção total da internet seriam astronômicos. Estima-se que, para um país altamente conectado, o custo diário de um apagão completo seria de US$ 23,6 milhões por 10 milhões de habitantes.
Para os EUA, com 330 milhões de pessoas, isso equivaleria a US$ 778,8 milhões por dia. Um relatório da Top10VPN detalha que, em 2024, interrupções intencionais da internet custaram à economia global US$ 7,69 bilhões. Com 89.000 horas de blackout em 122 incidentes.
Um exemplo histórico é o apagão da AWS em 7 de dezembro de 2021. Na época, o evento causou perdas estimadas em US$ 1 bilhão em poucas horas, afetando serviços financeiros como Robinhood e plataformas de comércio eletrônico como Amazon.
Sem internet, sistemas de pagamento como Pix (que processou 3,5 bilhões de transações no Brasil em 2024, segundo o Banco Central do Brasil) e SWIFT (44 milhões de mensagens diárias, SWIFT Annual Review 2024) ficariam inoperantes.
Desse modo, paralisando transferências domésticas e internacionais e causando uma crise de liquidez global.
Além dos impactos imediatos, um apagão global da internet teria efeitos em cadeia que amplificariam o colapso financeiro.
O World Economic Forum em 2023 alertou que 95% das empresas globais dependem de serviços em nuvem, como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, para operações financeiras.
O apagão da AWS em 2021 já demonstrou o impacto de uma interrupção regional: serviços como Venmo, PayPal e até o iMessage da Apple foram afetados, e empresas perderam milhões em minutos.
Em um cenário global, a interrupção desses serviços paralisaria cadeias de suprimentos. Já que sistemas de logística, como os da FedEx e UPS, dependem de conectividade para rastreamento e entrega.
O Global Trade Report 2024 da WTO estima que o comércio global, que movimenta US$ 32 trilhões anuais, perderia US$ 88 bilhões por dia sem internet.
Os mercados de derivativos, que movimentam US$ 1 quatrilhão anualmente, segundo o Bank for International Settlements divulgado em 2024, seriam particularmente vulneráveis.
O BIS ainda menciona o Iowa Electronic Markets, que depende da internet para prever vendas e negociar derivativos. Sem internet no mundo, posições em derivativos não poderiam ser ajustadas, levando a perdas massivas e falências de hedge funds e bancos de investimento.
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