Enquanto o mercado tradicional esteve sem negociações, o mercado do Bitcoin e de criptoativos tirou o sono de alguns investidores. Durante o fim de semana, o Bitcoin em dólar mostrou uma leve recuperação. Além disso, o criptoativo Mantra (OM) desabou 90% sob suspeita de manipulação e insider trading.
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No que tange o Bitcoin, para Cauê Oliveira, analista do BlockTrends PRO, existem termos de liquidação por faixa de preço nas pontas de compra e de venda. Ou seja, existem forças compradoras e vendedoras no livro de ordens da criptomoedas que exercem uma força similar entre elas. O equilíbrio pode trazer a lateralização.
E como essa semana não há tantos eventos econômicos, o analista espera dias de lateralidade, buscando liquidez nas duas pontas.
“Entretanto, como já pontuei na última análise, a principal região de liquidez segue se estendendo até os US$ 82 mil e na falta de pressão compradora spot (à vista, poderemos recuar mais”, escreveu em post no X.
Contudo, o analista alerta que toda essa análise pode mudar diante de avanços na guerra comercial dos EUA com a China.
Já para Guilherme Prado, country manager da Bitget, o Bitcoin voltou a ganhar fôlego no curto prazo, impulsionado por um cenário macroeconômico mais favorável e pela expectativa de maior liquidez no mercado.
“A recente decisão dos EUA de isentar produtos de tecnologia de tarifas recíprocas aliviou temores inflacionários, incentivando uma movimentação mais agressiva em ativos de risco, como ações e criptoativos”, comentou.
Além disso, neste domingo (13), o mercado de criptomoedas sofreu um baque forte de mais um evento dramático. O token MANTRA (OM) sofreu uma queda vertiginosa de mais de 90% em apenas 24 horas. Desse modo, removeu bilhões de dólares de sua capitalização de mercado.
O evento gerou uma onda de especulações e alegações de manipulação por parte da equipe do projeto. Enquanto o co-fundador John Mullin tentou acalmar os investidores, atribuindo o colapso a uma “liquidação forçada massiva”.
O incidente, amplamente discutido no X, levanta questões sobre a sustentabilidade do projeto MANTRA e o impacto de tais eventos no setor de tokenização de ativos do mundo real (RWA).
O token MANTRA (OM) despencou de aproximadamente US$ 6,30 para menos de US$ 0,50, uma queda de mais de 90% em um único dia.
A capitalização de mercado do token, que chegou a US$ 6 bilhões, caiu para uma fração desse valor. Portanto, foram perdas estimadas em cerca de US$ 5,4 bilhões.
MANTRA (OM) é o token nativo da MANTRA Chain, uma blockchain de camada 1 focada na tokenização de ativos do mundo real (RWA). Como imóveis, dados e outras propriedades físicas.
Novamente, nos vemos num caso onde insiders e VCs manipulam um projeto para buscar capital do varejo, posteriormente servindo para “exit liquidity”.
“Isso não é novo, e se você possui shitcoin em carteira, é bem provável que irá passar por isso em algum momento. O problema de investir em token de VC [vnture capitalist] é se expor ao risco da ruína, algo que não existe hoje ao alocar em bitcoin”, escreveu Cauê Oliveira.
Usuários alegaram que a equipe ou insiders venderam uma grande parte da oferta circulante do token. Inclusive, com algumas estimativas apontando que até 90% da oferta foi despejada no mercado.
Além disso, houve relatos de atrasos em um airdrop planejado de 50 milhões de tokens OM e restrições de acesso ao canal oficial da MANTRA no Telegram durante o crash. O fato alimentou ainda mais as suspeitas de um possível “rug pull”. Um golpe em que os desenvolvedores abandonam o projeto após lucrar com a venda de tokens.
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